Juíza da 2ª Região é homenageada em livro sobre impactos da tecnologia na Justiça

Numa cerimônia que reuniu 80 pessoas no Centro Cultural Justiça Federal, no Rio de Janeiro, foi lançado, na noite da terça-feira (24/09), “Mentes digitais: do zero ao infinito”, escrito por alunos da juíza federal Fernanda Duarte, titular da 3ª Vara Federal de Execuções Fiscais da Seção Judiciária do Rio de Janeiro, do curso de Doutorado em Direito da Universidade Estácio de Sá. O livro – que conta com 12 artigos e discute como a tecnologia contribui para tornar a Justiça mais ágil – homenageia a magistrada. Patrice Desirée Neves de Mello, organizadora da obra com  Carlos Affonso Leony Neto e Leandro de Matos Coutinho,  destacou que a trajetória da professora é marcada pela integridade e pelo compromisso com a justiça. “A história dela está profundamente entrelaçada com a promoção da Justiça, tanto nos tribunais como na academia”, elogiou.

Fernanda Duarte ressaltou a importância de se discutir um tema tão atual. “Vivemos num mundo onde a tecnologia faz parte do nosso dia a dia. Não temos como recusá-la. Cabe a nós, do Judiciário, incorporar essa ferramenta, que vai ajudar a dar conta do acervo, uniformizar as decisões. Assim teremos uma prestação mais célere e mais adequada”, destacou. Sem esconder a emoção, a magistrada contou como surgiu a ideia do livro. “A partir da discussão de como a inteligência artificial interfere no estado de Direito, da proteção de direitos fundamentais, surgiu a ideia de fazer um livro. Fui  surpreendida com esse gesto tão bonito dos meus alunos”, agradeceu.

O presidente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), desembargador federal Guilherme Calmon, autor do prefácio, lembrou que o que até tão pouco tempo era inimaginável, hoje é uma realidade. “Precisamos ter um olhar atento nos impactos, não só benéficos, mas também maléficos, que o mundo digital nos traz”, alertou o magistrado. Calmon fez questão de lembrar das qualidades de Fernanda Duarte como professora e magistrada. “Ela tem se dedicado à vida acadêmica há bastante tempo, sem perder o amor e o carinho por uma atividade que, infelizmente, ainda é muito desvalorizada no Brasil”, ressaltou. “Sua atuação como juíza é marcada pela sensibilidade, firmeza e ética”, disse Calmon, que vê na amiga uma conselheira. “Quando tenho alguma dúvida, recorro a ela, que é sempre muito acolhedora”, agradeceu o magistrado.