Futuros conciliadores judiciais participam de audiência simulada em aula presencial na sede do TRF2

A quarta aula presencial do Curso de Formação de Conciliadores Judiciais, organizado pela Escola de Mediação da 2ª Região, foi realizada na quarta-feira (2/4), no auditório da sede do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), no Rio de Janeiro. O encontro teve como foco principal o aperfeiçoamento de técnicas e ferramentas aplicadas à conciliação e foi conduzido pela coordenadora do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos da 2ª Região (NPSC2), Danielle Cruz Freire de Carvalho. 

Ao longo da exposição, os cursistas fizeram uma verdadeira imersão por práticas que serão essenciais para a condução eficaz de uma audiência de conciliação. Entre as técnicas utilizadas, a instrutora ressalta a importância de estabelecer o “rapport”, palavra francesa que remete ao conceito extraído da psicologia e significa “criar uma relação”. Na conciliação, ela envolve pelo menos três elementos: atenção mútua, sentimento positivo compartilhado e dueto não verbal bem coordenado. “Às vezes, a parte chega à audiência apreensiva, com muitos receios e incertezas. O rapport é a primeira conexão estabelecida entre o conciliador e aquele que busca a Justiça Federal para solucionar um conflito. Esse vínculo inicial é um exercício de empatia que promove confiança e engajamento mútuo", explicou. 

Os alunos também foram apresentados a outras técnicas fundamentais para o bom andamento da sessão conciliatória, entre elas a escuta ativa, o respeito aos princípios da imparcialidade e da confidencialidade; a comunicação acessível, além do empoderamento das partes e da decisão informada. Em seguida, os cursistas participaram de uma audiência simulada em que teriam que colocar em prática as técnicas e ferramentas aprendidas durante a capacitação por meio da conciliação de casos concretos. 

Para a servidora da 1ª Vara Federal de Petrópolis, Karen de Freitas Silva Coelho, a atividade deixou bons ensinamentos. “O exercício permitiu entendermos o funcionamento da dinâmica da conciliação. Com isso, foi possível perceber as fases da audiência e as interações entre as partes, possibilitando a aplicação das técnicas aprendidas durante a aula”, comentou. O curso segue com as atividades disponíveis aos alunos na plataforma moodle e terá um novo encontro presencial na quarta-feira (9/4). 

Sobre o curso
 

Destinado a servidores dos Centros Judiciários de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Cejuscs) e demais interessados, o curso de Formação de Conciliadores Judiciais segue as diretrizes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e prepara os participantes para condução de sessões de conciliação. A formação capacita os alunos no uso de métodos não-adversariais para facilitar o diálogo e alcançar soluções satisfatórias para os conflitos. Além do conteúdo teórico disponibilizado na plataforma Moodle, os cursistas contam com aulas presenciais realizadas às quartas-feiras na sede do TRF2, no Centro do Rio de Janeiro. 

Encontros anteriores
 

No dia 26/3, os alunos do Curso de Formação de Conciliadores Judiciais receberam capacitação a respeito do funcionamento da Sessão de Conciliação com a juíza federal da Seção Judiciária do Rio de Janeiro (SJRJ), Aline Alves de Melo Miranda Araújo. Já no dia 19/3, os futuros conciliadores participaram de aula sobre conceitos da Teoria dos Jogos e dos fundamentos da negociação dirigidas pela juíza federal Karina de Oliveira e Silva Santiago e pela coordenadora do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania do Rio de Janeiro (Cejusc-Rio), Silvana Godoi Câmara. 

A primeira aula presencial aconteceu no dia 12/3, com abordagem dos conceitos iniciais da conciliação e da mediação, conduzida pela juíza federal Karina de Oliveira e Silva Santiago. No ambiente online, por meio da plataforma Zoom, os servidores Lucas de Sequeira Batista Levenhagen e Paulo Henrique Xavier de Souza Filho esclareceram dúvidas sobre a realização do estágio supervisionado, o uso de plataformas digitais, como o sistema Eproc, para tramitação de processos, e o aplicativo Zoom, para videoconferências; e as fases da sessão de conciliação.