No Encontro Nacional do Poder Judiciário, presidente do TRF2 destaca empenho da Justiça para beneficiar ainda mais os jurisdicionados

O presidente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), desembargador federal Guilherme Calmon, está em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, onde participa do 18º Encontro Nacional do Poder Judiciário. O evento de abertura aconteceu na noite da última segunda-feira, 02/12, no Centro de Convenções Arquiteto Rubens Gil de Camilo. Calmon lembrou de decisões no STF e no CNJ que tiveram um impacto positivo na sociedade. “Nesse primeiro ano de gestão do ministro Barroso, assistimos conquistas muito importantes, como a aprovação do protocolo racial. A questão da igualdade de gênero também foi um marco. Além de implantação da linguagem simples, houve avanços em questões ligadas a execuções fiscais e  ações previdenciárias. Isso ajudou a reduzir os litígios, beneficiando os jurisdicionados”, elogiou o magistrado.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Luis Roberto Barroso, fez um balanço das atividades durante o ano. Ele lembrou do clima do país quando assumiu a chefia do Supremo. “Quando tomei posse no STF e no CNJ, em setembro do ano passado. uma de minhas proposições era buscar a pacificação do país. Alguns fatos mantiveram o país um pouco agitado, mas a verdade é que vivemos a mais absoluta normalidade institucionais, com relações harmoniosas, independentes, mas harmoniosas entre todos os poderes. Fiquei um pouco frustrado porque não vi pessoas voltarem a sentar na mesma mesa com civilidade. A capacidade de poder conversar é um esforço de todos nós. Quem pensa diferente não é um inimigo, é um parceiro na construção de uma sociedade plural e democrática”, salientou.  

Em seguida, Barroso fez um balanço das atividades durante o ano, exibindo os números do Judiciário. “Foram 82 milhões e 791 mil processos, um recorde mundial”, declarou. O ministro fez ainda uma comparação do número de juízes brasileiros e europeus. No Brasil o número de juízes por 100 mi habitantes é de 8,5. Na Europa esse número sobe para 21,9. Barroso trouxe outros dados. No Brasil, o número médio de processos por juiz é de 4.390. Na Europa, o juiz cuida de 68,4 processos. ““É uma estatística que nos causa inveja da carga de trabalho dos juízes europeus, mas também orgulho de um trabalho que conseguimos fazer com qualidade adequada”, frisou.

Depois da exposição do ministro Barroso, magistrados e servidores do Poder Judiciário assistiram a uma palestra do historiador Leandro Karnal. A noite acabou com o som da maravilhosa viola de Almir Sater, cantor e compositor nascido em Campo Grande.